Ludmila

Ludmila Di Bernardo debate as características principais de uma boa Comunicação Pública

Assessora de Comunicação no Ministério Público do Trabalho atua há mais de 15 anos na área 

Por Lucas Bartine [1]
Revisão de Maria Carolina Sousa [2]
Supervisão de Prof. João Batista [3] e Prof. Nicole Morihama [4]

Na última quinta-feira (22 de abril) a palestrante convidada trouxe um currículo de muitas conquistas. Com mais de 25 anos de experiência profissional em assessoria de comunicação, Ludmila Di Bernardo é especialista em comunicação pública governamental pela USP e pós-graduada em Comunicação e Marketing. Atua na área pública há mais de 15 anos, passando por setores da saúde, relações internacionais e direito do trabalho. 

Ao assumir a Secretária de Saúde de São Paulo, a jornalista aprendeu a perceber o que realmente era fazer comunicação para o cidadão. Em sua apresentação, foi explicado o conceito de assessoria de comunicação, que se divide em comunicação coorporativa e comunicação pública, sendo a última separada nas categorias: governamental, com prestação de contas, divulgação das políticas públicas e ações promovidas nos diversos campos; política, atrelada a divulgação de um partido ou determinado político visando o processo eleitoral e pública, exercendo a prática comprometida com a democracia e a construção da cidadania.

Entrando mais a fundo na comunicação pública do Ministério Público do Trabalho (MPT), Di Bernardo reforça que o setor tem uma “função socioeducativa na promoção da conscientização dos cidadãos e na consolidação da imagem do órgão na defesa dos direitos trabalhistas”, para fazer com que o cidadão perceba os seus direitos e saiba como cobrá-los.

Sobre o papel do assessor, a palestrante deixa claro que o principal cliente da assessoria é o cidadão, e não determinado político ou partido. Independente da situação, seu dever é prestar contas sobre o serviço público a população. De acordo com ela, o principal é não deixar sua posição política interferir no trabalho, pois seu trabalho é o mesmo, e não depende da gestão.

Di Bernardo revela também que no MPT os anúncios são criados pela própria equipe, sem envolver terceiros. Ela conta que a grande mídia normalmente não se interessa em divulgar materiais públicos, então são os próprios assessores que devem criar os meios de comunicação necessários para transmitir essas informações, como revistas, informes e redes sociais próprias.

Em uma questão delicada sugerida pelos alunos, a assessora respondeu sobre como é trabalhar no meio público sendo mulher. “Eu nunca tive grandes problemas, até porque na comunicação, quando eu comecei e ao longo da minha carreira, encontrei mais mulheres do que homens, apesar de que os homens mesmo sendo em menor número, eles estão acima hierarquicamente das mulheres. Então sempre teve mais mulher, mas o chefe era sempre um homem”.

“No meu caso eu fui chefe, e em vários momentos eu fui a chefe e tive homens hierarquicamente abaixo de mim e não tive dificuldades não, foi tranquilo porque eu sempre procurei uma coisa da chefia que eu aprendi com uma chefe minha, que quanto mais você abaixa, mais o bumbum você mostra, no sentido de não ser um serviçal, você tem conhecimento, você sabe do que está falando, você tem atribuições, então não se intimide. Isso eu levei muito a sério”, complementou Ludmila.

Aproveite e assista aqui a gravação da palestra.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisão de estágios AICOM
[4] Professora coordenadora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM

Crédito na imagem: Ministério Público de São Paulo.