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Palestra “Jornalista CEO: Saiba como formalizar e abrir um negócio” ensina alunos a desenvolverem seus projetos jornalísticos

Carina Seles, jornalista e responsável pelo projeto Expande, incentivou os alunos a não desanimarem de seus objetivos

Por Lucas Bartine [1]
Revisão de Maria Carolina Sousa [2]
Supervisão de Prof. João Batista [3] e Prof. Nicole Morihama [4]

Na última terça-feira (20 de abri), durante a 5ª Semana de Jornalismo, a jornalista Carina Seles, que também é mestre em comunicação pela USP e idealizadora do Expande – Cursos para Jornalistas, trouxe um olhar mais crítico sobre como aplicar suas experiências em projetos rentáveis. Para começar, ela deixou claro que o mercado de trabalho está em constante adaptação no jornalismo, e que precisamos entender como vamos nos moldar a isso, mesmo com a pressão de todos os lados.

Em todo momento, Carina fez questão de focar que não estava romantizando o chamado “jornalista-polvo”, aquele que deve se desdobrar em diversas funções e projetos simultâneos, mas sim o quão importante é não deixar de desenvolver seu próprio projeto jornalístico.

Ela citou alguns tipos de projetos jornalísticos que podem ser realizados pelos estudantes como portfólio. Dentre eles: site de notícias; canal de vídeos; produção de newsletter; produção de podcast; produção de conteúdo para pequenos veículos de comunicação; críticas especializadas; curadoria de conteúdo no Close Friends, WhatsApp e Telegram; banco de fontes; etc.

“Todo mundo começa no Instagram com 0 seguidores, então se conheçam e abracem as coisas que vocês fazem de bom”, disse Seles. Um dos pontos importantes em que a profissional foi enfática, está ligado ao fato de existir uma vontade de sucesso imediato. “Ninguém fica rico da noite para o dia, mas também ninguém precisa de muitos investimentos para começar. Você pode começar a gravar com a câmera do seu celular, ou escrever no caderno mesmo, até ter condições de ir crescendo”.
O essencial é saber equilibrar o que você ama fazer com o que não ama, e começar, pois, na prática é que se desenvolve suas habilidades. Uma das sugestões é criar um projeto jornalístico colaborativo, assim as responsabilidades podem ser compartilhadas e ninguém fica sobrecarregado.

Antes de iniciar, é preciso desenvolver alguns pontos importantes, como missão, visão e valores. A missão é o papel do seu projeto na sociedade, ou seja, como ele vai ajudar outras pessoas. A visão é o que você deseja alcançar a médio/longo prazo. E por último, são os valores, que devem ser muito bem especificados, evitando palavras vagas como “sustentabilidade” ou “inovação”.
Deste modo, quando você tiver sua demanda garantida, com clientes, necessidade de emissão de nota fiscal e perceber que pode fazer isso por pelo menos um ano, é hora de formalizar seu negócio. O mais indicado para o trabalhador individual é o MEI – Microempreendedor Individual, pois como pessoa jurídica, recebe um CNPJ, que deve pagar algumas taxas para manter a documentação válida.

Para saber mais:
Quem pode abrir? Qualquer pessoa acima dos 18 anos;
Limite de faturamento: R$ 81.000,00 (ano) / R$ 6750,00 (mês);
Custo único: R$ 60,00 por mês (DAS: Guia de Impostos);
Não precisa ter contador e não paga para abrir o CNPJ;
Como abrir? https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br e depois na Prefeitura de sua cidade.

Aproveite e assista aqui a gravação da palestra.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisão de estágios AICOM
[4] Professora coordenadora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM
Crédito na imagem: Acervo Pessoal/Carina Seles Jornalista.