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As marcas digitais influenciadoras são reais e possíveis!

Por Ana Carolina Carvalho Rocha [1]
Revisão de Samara Lopes [2]
Supervisão de Prof. João Batista [3] e Prof. Nicole Morihama [4]

Durante a Semana de Relações Públicas, nesta terça-feira (20), a FIAM-FAAM contou com a presença da consultora de marketing, Carolina Frazon Terra, para falar sobre Marcas Digitais Influenciadoras baseadas em seu novo livro “Marcas Influenciadoras Digitais”.

Segundo a plataforma de informação Meio e Mensagem, o mercado de influenciadores está extremamente aquecido nos últimos tempos em função da pandemia. No entanto, após esse mercado ficar em evidência durante esse período de reclusão social, as pessoas passaram a repensar o tipo de conteúdo que desejam consumir e questionar qual o tipo de influência que elas queriam ver – surgiu até a “planilha da desinfluência”, um mapeamento de influenciadores que derraparam durante a pandemia – assim, de acordo com Carol Terra “aqueles influenciadores muito ligados só a lifestyle, viagens, restaurantes, começaram a ser muito questionados. As pessoas começaram a dar muito valor para outros tipos de influenciadores que valorizavam a criação de conteúdo, o bem-estar, que se preocupavam com o ecossistema no qual eles faziam parte”.

Mesmo com a troca de temas tratados por influenciadores, com o questionamento direcionado a eles muitas pessoas optaram por seguir marcas, fato esse evidenciado pelo estudo feito por Rafael Kiso, especialista em marketing digital, que mostra que todas as gerações, sem exceção, seguem mais marcas do que influenciadores.  Isso porque existe uma crença de que as marcas resolverão problemas sociais, além de uma nova postura em relação ao papel dessas marcas, outro fator apontado por Carol é “com certeza, essa desinfluência desses influenciadores, essas derrapadas dessas figuras e, as marcas entendendo que elas também podem ser um agente atuante, importante no contexto a que elas fazem parte”.

Pesquisas como Kantar, apontam que o público consumidor tem expectativas em relação às marcas e empresas terem papéis de grande influência na sociedade e uma postura útil durante o período de pandemia, dessa forma, as marcas mudaram sua postura ao longo do tempo enxergando que, “não há espaços mais para marcas em cima do muro.  Hoje em dia, as marcas são cobradas pelo seu posicionamento”, e entendendo que “não basta a marca

entregar um bom produto, um bom serviço, mas ela também tem que se preocupar com aquilo que está acontecendo com seu meio ambiente, no seu ecossistema, proteger e colaborar com essa sociedade da qual ela faz parte”, como diz a consultora de marketing.

“Marcas, parem de fazer marketing com influenciadores!”, a manifestação de Bia Granja, CEO da YouPix, na matéria da revista Exame, deixa em evidência a necessidade de que a marca conquiste sua relevância direta na vida dos consumidores e, segundo Carol, “você faz isso se comunicando diretamente com essa audiência”, assim, o uso de podcasts corporativos, público interno como conteúdo, criação de playlists e tornar a marca como um veículo de informação direcionado ao seu nicho, são exemplos de Brandcast  e Brandpublisher como estratégias de relacionamento e comunicação, e posicionamento da marca como uma influenciadora digital, para atingir a audiência.

Hoje, é nítido o investimento na comunicação e elaboração de estratégias para a condução de uma marca, principalmente se ela for ou quiser ser uma influenciadora digital, nesse quesito Carol diz que “a comunicação era vista como um gasto e hoje em dia ela é vista como absolutamente necessária, então eu acho que nós ganhamos uma importância que não tínhamos no passado.  Se não fosse a comunicação interna digital, o que seria das empresas que mandaram todo mundo para o home office?”. Para aqueles que se encontram perdidos nesse cenário em relação ao mercado de trabalho, Carol trás esperança à realidade mostrando que “nunca fomos tão necessários, nunca tivemos tanto campo de atuação. Vamos achar vagas como analista de comunicação, analista de mídias sociais, analista de sustentabilidade/ diversidade, então tem uma série de cargos e posições que tem tudo a ver com a nossa formação, capacidade e atribuições, mas que muitas vezes não vão chamar de relações públicas”.

A 5ª Semana de RP está sendo transmitido também pela Rádio FIAM-FAAM e a WebTV FMU/FIAM-FAAM.

Aproveite e assista aqui a gravação da palestra.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisão de estágios AICOM
[4] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM