NERA recebe o artista Ninjinha e debate sobre o breaking e a cultura hip hop
Por Jefferson Alves
Edição: Profª Drª Fabíola Tarapanoff
Reflexões sobre o corpo negro. Este foi o tema da série de oficinas realizadas pelo Núcleo de Estudos Étnico-Raciais (NERA) do FIAM-FAAM-Centro Universitário em celebração ao dia 13 de maio, 129 anos após a assinatura da Lei Áurea.
Na manhã do dia 10 de maio (quarta-feira), o artista Ninjinha marcou presença no prédio da Ana Rosa com o seu grupo para falar sobre o breaking, estilo de dança de rua – integrante da cultura hip hop. Ninjinha fez com que os alunos da instituição tivessem um conhecimento maior sobre a arte praticada por ele e ensinou até alguns passos do movimento.
Segundo Maria Lúcia da Silva, coordenadora do NERA e professora da instituição, a alta participação dos alunos no núcleo fez com que em menos de um ano a discussão ganhasse visibilidade na faculdade. “A universidade deu essa oportunidade”, disse Maria Lúcia, que abraçou a causa após defender tese de doutorado sobre esse assunto. Hoje ela serve de inspiração para mulheres, negras e outras minorias que lutam pela igualdade e pelo direito ao espaço público dentro e fora da instituição.
Ainda segundo a professora, o racismo inverso e a apropriação cultural são temas que ainda devem ser bastante discutidos na sociedade, tendo em vista o enorme número de casos de segregação que ocorrem no Brasil e no mundo.
Com uma perspectiva pessimista sobre o futuro das minorias, Ninjinha fez duras críticas ao governo e ao sistema que “escraviza” e é imposto pela sociedade. Para quem se interessou mais pelo assunto ou deseja aprender o ritmo, o artista indica os centros culturais da cidade e os Centros Educacionais Unificados (CEU), que realizam atividades educativas e culturais.