Mesa debate oportunidades no mercado de trabalho e novos formatos no radialismo

Por Giovana Xavier

O tema “Rádio e Oralidade” foi debatido na segunda noite da Semana de Rádio, Televisão e Vídeo. Com a mediação do professor Sérgio Pinheiro, os convidados Fernando Alves, locutor da rádio Gazeta FM, Cyro César, escritor e diretor geral da Rádioficina, Regis Salvarani, que atua em rádios corporativa e o ex-aluno da faculdade Guilherme Soares falaram sobre oportunidades no mercado de trabalho.

Alves ressalta que o profissional de rádio e tv precisa de identificação.  “É preciso procurar um caminho com o qual você se identifique e que te dê motivação, mas sem fechar portas para outras oportunidades”. Ele também destaca a necessidade de ouvir rádio, conversar com pessoas que já estão se formando, profissionais atuantes, além de procurar conteúdos na internet que tem a ver com a área que deseja trabalhar.

Escritor de livros que são referências para estudantes de rádio e tv, Cyro César, que dirige a Rádioficina- escola técnica profissionalizante em radialismo -, confessa que fica muito feliz em saber que seus livros ajudam na formação dos alunos.

“Quando eu comecei a trabalhar na rádio, eu não via nada sobre o assunto nas estantes da livraria, e entre uma música e outra eu achava que seria bacana escrever sobre a troca de horário entre locutores, entrevistas, gravação de comercial. E foi aí que nasceu os livros: ‘Como Falar no Rádio’, ‘Mídia da Emoção’, ‘Inspiração, Transpiração e Emoção’, ‘Radio Up Grade o Help do Produtor’. Foram coisas que escrevi que qualquer pessoa que já trabalhasse na área poderia ter escrito”, relata.

Novos formatos

O jornalista Salvarani tem uma trajetória de mais de 12 anos em rádio. Ele já trabalhou na Rádio Eldorado, na 89 FM e atualmente atua em rádios corporativas e conta para os alunos sobre as diferenças dos dois modelos do radialismo.

“Em uma rádio comercial todas as ações são direcionadas para conseguir mais audiência, patrocínios. Já a rádio corporativa é uma necessidade, principalmente, das grandes empresas de falar com os seus funcionários, de  apresentar a cultura da empresa, as novidades, mas de uma forma original, criativa e mais amigável.”

Guilherme Soares, comediante de stand-up e ex-aluno do FIAM FAAM culdade, aconselha os aluno a correr a atrás do que gosta, mesmo que esteja em uma área completamente oposta ao que está cursando. “É importante conhecer a qualidade audiovisual do que você está gravando e também saber se comunicar”, diz.

Para o professor Pinheiro, a troca de experiência entre profissionais e alunos é necessária pois favorece não apenas o aprendizado, mas também auxilia o aluno e conhecer e se dedicar a uma área específica. “Ao conhecer as especificidades de uma área conseguimos nos aprofundar, ampliar os campos de atuação e o conhecimento.”