Por Natália Souza
O acesso à internet, a necessidade de empreender utilizando novas formas de comunicação, de associar o jornalismo tradicional e o novo, com novos formatos publicitários, inclusive, a fim de dar maior credibilidade e acesso aos veículos também foi debatido pelos palestrantes.
Para Marina Melo, gerente comercial do El País, assim como no jornalismo, as mudanças na publicidade também são mundiais. “Os leitores querem mais interatividade, querem criar experiência, e isso [a experiência] é um potencial para os jornais. Não acho que seja fácil, é bem difícil saber o que as novas gerações querem consumir.”
Já o professor da FGV, Marcelo Coutinho, destacou a importância do acesso à internet para permitir novas práticas e novos modelos de negócios. “A internet avançou mais fácil na primeira década do século, fundamentalmente pela classe A e B. Na classe C, o crescimento foi um pouco mais devagar e hoje entramos numa fase mais difícil de crescimento, que é atingir as classes D e E”, esclarece Coutinho.
Nos últimos quatro anos, o consumo de internet dos brasileiros passou de 46,5% em 2013 para pouco mais de 51%, 52% em 2016, segundo o Comitê Gestor da Internet do Brasil. Para Coutinho, embora de forma mais lenta, a internet está numa nova fase de crescimento. Segundo ele, o avanço agora está cada vez mais difícil e deverá acontecer com o mobile. “Tem mais gente com telefone celular do que com internet”, diz.